Ansiedade e Saúde Mental: Uma Conversa Aberta e Pessoal

Ansiedade e Saúde Mental: Uma Conversa Aberta e Pessoal

Alexia:

Olá olá pessoal bemvindos a mais episódio aqui do Careca Connection. Estamos muito felizes em têlos por aqui. E hoje especialmente temos mais uma pessoinha, o nosso boyzinho, está assistindo a gente a gravar, né Foster?

Foster:

Sim o nosso cão nosso cachorro está aqui no sofá gravando com a gente então se, não sei se vamos ter alguns latidos durante o episódio.

Alexia:

Não ele está dormindo feliz e contente, está sonhando. Bom, Roger, hoje nós vamos falar sobre assunto muito importante.

Foster:

E muito pessoal.

Alexia:

E muito pessoal, que é relacionado à saúde mental.

Foster:

Sim e mais especificamente, ansiedade.

Alexia:

Sim a ansiedade que eu, gosto de falar que, é não é o maior problema mas assim, eu acho que é o que mais acontece com a nossa geração, hoje em dia. Sim. Somos capazes de perceber mais e dar nomes aos bois, do que na geração anterior.

Foster:

Sim é tema que todo mundo pode entender. Mas os bois Isso

Alexia:

que eu ia falar você já escutou esse nessa expressão dar nome ao boi ou seja você consegue se conectar você consegue entender

Foster:

Ah boi? É. Boi tipo.

Alexia:

Vaca o marido da baixo marido.

Foster:

Marido da vaca, depois do casamento das vaquinhas, eu é vaca macho.

Alexia:

É uma vaca macho exata.

Foster:

No próximo episódio casamento, dos vaqueiros.

Alexia:

Dos vaqueiros. Vaqueiro de quem toma conta da vaca. Mas enfim então dar nome ao boi ou seja, ok vamos sentar aqui vamos dar nome aos bois. Quem é que fez tal coisa? Entendeu?

Alexia:

Quem é que quebrou o prato da cozinha? Aí alguém fala ah fui eu, dar nome aos bois.

Foster:

Entendi é é é uma frase que eu não conheci.

Alexia:

Eu não sei porque eu tirei do baú nesse momento.

Foster:

Nossa você tirou do baú? Sim. Fala normal Alexia.

Alexia:

Eu entrei a expressão. O quê? Eu estou aqui pra isso. Bom

Foster:

aqui a Alexia ultimamente está passando muito tempo no TikTok Não isso é então ela está aprendendo muita coisa da geração z.

Alexia:

Isso é da minha, da geração dos meus pais, a z nem sabe do que que se trata.

Foster:

Tá bom, enfim, a gente vai falar sobre ansiedade, o que que é, Porque é importante ir pouco sobre as nossas experiências com ansiedade.

Alexia:

Sim, maio foi maio que foi o mês do da saúde mental se eu não me engano.

Foster:

Sim mas pra mim é é todo mês.

Alexia:

Sim e eu acho muito importante nós sempre falarmos sobre isso sermos muito abertos sobre isso porque muitas vezes as pessoas nem nem sabe que tem né não conseguem relacionar uma coisa a outra, acham que é assim mesmo, é é o que é o normal da vida.

Foster:

É é assunto complicado porque todo mundo tem ansiedade.

Alexia:

Sim.

Foster:

E a ansiedade pode ser uma coisa boa é uma coisa que aconteceu com a nossa evolução humana, falei correta?

Alexia:

Sim.

Foster:

Que pouquinho de ansiedade é bom, senão o que que tigre de ataque?

Alexia:

Par.

Foster:

Né? Tipo, pensando cem mil anos atrás, é bom estar, alerto. Alerta? Alerta. Mas quando a ansiedade realmente te atrapalha, te

Alexia:

Em impede de fazer as coisas.

Foster:

Exatamente, te impede de viver uma vida normal, entre aspas. Daí é é uma situação mais complicada.

Alexia:

E eu acho também muito importante, alertar e também falar sobre porque às vezes isso ainda é tabu em alguns países. Então por exemplo, nem todos os países vão falar abertamente né sobre saúde mental ainda é uma coisa que ah não se fala muito, não vamos falar sobre isso porque não é meu problema, sabe? E e se é meu problema eu não quero abrir isso pras outras pessoas, pras pessoas não ficarem sabendo e terem pena e e aí vira ciclo vicioso. Então dependendo da cultura também é é uma coisa que é falada ou não.

Foster:

É mas eu acho em qualquer cultura do mundo ainda é pouco tabu.

Alexia:

Sim mas por exemplo na minha bolha do Rio de Janeiro, a gente fala sobre isso abertamente sem o menor problema e falamos que vamos no psicólogo no psiquiatra e que que eu falei com a minha psicóloga que que eu deixei de falar e etcétera etcétera então assim, eu acho que depende muito também do ciclo social que você está inserido, né? E qual se as pessoas são abertas ou não a receber esse tipo de informação.

Foster:

É, depende de muita coisa. Seus amigos, sua idade, geração, se você é masculino, feminino, eu acho talvez pouco mais.

Alexia:

Se você é homem ou mulher. Sim. A gente não fala se você é masculino ou feminino.

Foster:

Você é masculino? É saiu pouco estranho. Mas enfim, o que que é a ansiedade pra você, Alexi?

Alexia:

Ansiedade é, pra mim, pessoalmente porque pra cada pessoa pode ser diferente, né então, pra mim, pessoalmente é, a falta de controle do que pode acontecer.

Foster:

Sim, pra mim também.

Alexia:

Só que aí depende né? Às vezes as pessoas ficam presas no passado, esquecem de viver o presente e às vezes as pessoas ficam pensando muito no futuro e esquecem de viver o presente.

Foster:

Sim, eu já escutei essa ideia que interpretação tem mais a ver com o passado, você fica trancado no passado, a ansiedade é lendo pro futuro sem esperança.

Alexia:

Eu eu acho que depende também.

Foster:

É tem que isso, sei lá.

Alexia:

Sim, então pra mim é isso é a falta de, controle do que pode acontecer no futuro. E isso me dá, muito medo e muita ansiedade e muita frustração, e que às vezes eu posso ficar estagnada e, apática. Apática? Eu acho que eu eu traduzi do do inglês.

Foster:

Apática?

Alexia:

É está certo eu nem em português está.

Foster:

Apatética? Não. Apatec? É pode descrever o que você quer falar? Sem

Alexia:

reação. Sem

Foster:

muito interesse.

Alexia:

Sem muito interesse. E é uma coisa que eu tenho vivenciando muito agora, na minha, terapia, que ela vem trabalhando muito sobre isso comigo. E esse momento que eu estou, que é de autoconhecimento e de entendimento da de minhas ações antigas e do como é que eu vou agir no futuro me faz ficar muito dentro de mim e pensando muito sobre as minhas ações e reações. Então às vezes eu me vejo assim ok, então se eu fizer isso eu faço aquilo não sei que e eu esqueço de viver. É.

Alexia:

Eu esqueço de ter os meus interesses, eu esqueço de fazer outras coisas.

Foster:

É, seja bemvindo ao meu mundo vivendo na cabeça sempre. É. E é difícil também porque depressão e ansiedade são primos, né, são amigos. Sim. Que não mente vem com o outro ou é o contrário.

Foster:

Eu, pessoalmente, Foster, eu tenho os dois, clinicamente, vários médicos já me deram esse essa diagnóstico.

Alexia:

Diagnóstico. Diagnóstico.

Foster:

É difícil entender tipo eu estou pouco triste eu sou eu estou deprimido eu somente é pouco de ansiedade.

Alexia:

E eu também acho importante que falar que esse caminho do autoconhecimento porque o fóssil e eu nós fazemos terapia né? É, individualmente. E eu fóssil há mais tempo do que eu, agora né tipo segui na mente mas eu já fiz terapia há muito tempo, parei e voltei agora. E essa terapia que nós fazemos com duas pessoas diferentes e de formas diferentes e de, não é caminhos mas de, elas são diferentes tipo uma segue uma linha e outra segue outra né?

Foster:

Uhum.

Alexia:

A minha terapeuta de família, e relacionamentos, a do Foster é

Foster:

existencial. Então o que eu faço é pouco diferente.

Alexia:

É. E, só que é caminho também muito solitário. Eu acho também muito solitário.

Foster:

Por quê?

Alexia:

É é solitário se você parar pra pensar. Tipo você tem a terapia, você fala sobre as suas questões, você conversa com aquela pessoa né que está ali que está te ajudando e tal, mas depois você fica dentro de si pensando sobre aquilo

Foster:

ver a terapia é, por exemplo é o primeiro passo. Porque bom, pelo menos na mini terapia a gente fala muito sobre a integração e é basicamente o que você quer compartilhar com o mundo, o que você quer tentar integrar na sua vida diária digamos. Então pode ser solitário, eu te entendo, mas também é é processo né, processo longo.

Alexia:

Sim, não estou dizendo que seja ruim ou não, é mais é solitário.

Foster:

Sim. Mas enfim, eu acho que a mensagem de hoje é, ansiedade é uma coisa super normal.

Alexia:

Muito, mais normal do que sei lá.

Foster:

É normal não é a palavra perfeita comum

Alexia:

comum do que se pensa.

Foster:

É e terapia sempre é uma boa opção.

Alexia:

Com certeza com certeza.

Foster:

Então num futuro episódio a gente pode falar sobre vocabulário, e talvez alguns recursos.

Alexia:

Sim, vai ser ótimo.

Foster:

Que tal?

Alexia:

Sim, com certeza.

Foster:

Então muito obrigado Alexia. Agora eu sou mais tranquilo, sem ansiedade.

Alexia:

Estamos bem?

Foster:

Então até o próximo.

Alexia:

Tchau.

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